Banco é condenado a pagar R$ 100 mil por etarismo

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou um banco a pagar R$ 100 mil por dano moral coletivo, devido à prática contínua de etarismo. A decisão fortalece o combate à discriminação por idade e envia um recado direto ao mercado: excluir profissionais mais velhos do ambiente corporativo gera consequências sérias.

Banco pressionava funcionários mais velhos a sair

Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), o banco adotou diversas estratégias para afastar os trabalhadores mais experientes. Ao longo do tempo, a instituição limitou treinamentos, bloqueou promoções e criou um ambiente hostil para esse grupo. Como resultado, muitos se sentiram pressionados a pedir demissão.

Além disso, a empresa favoreceu contratações de jovens, reforçando o preconceito etário. Embora não houvesse ordens explícitas, os gestores agiam com base em metas que estimulavam a renovação do quadro funcional, sem considerar a experiência acumulada dos colaboradores mais antigos.

Justiça reconhece conduta discriminatória e pune banco

Com base nas provas reunidas, o TST não teve dúvidas: a conduta do banco violou a dignidade dos trabalhadores e feriu o princípio constitucional da igualdade. Por essa razão, os ministros impuseram uma multa de R$ 100 mil, com o objetivo de reparar o dano coletivo e coibir práticas semelhantes em outras instituições.

Além disso, a Corte reforçou que o etarismo deve ser tratado com a mesma seriedade que outras formas de discriminação. Ou seja, excluir alguém por causa da idade representa uma afronta direta aos direitos fundamentais garantidos pela legislação trabalhista e pela Constituição.

Empresas devem valorizar a diversidade etária

Diante desse cenário, o julgamento serve como um importante alerta para o mercado de trabalho. Não basta apenas evitar discriminação explícita — é essencial promover uma cultura inclusiva, onde profissionais de todas as idades tenham espaço para crescer, aprender e contribuir.

Portanto, valorizar a diversidade etária não é apenas uma obrigação legal, mas também uma estratégia inteligente. Equipes multigeracionais tendem a ser mais inovadoras, colaborativas e resilientes. Assim, construir um ambiente onde todos se sintam respeitados é bom para os profissionais e excelente para os negócios.

Fonte: Migalhas

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