O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, de forma unânime, prorrogar por mais dois anos o prazo de adesão aos acordos dos planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989) e Collor II (1991). Com essa decisão, o novo limite vai até 2026, o que amplia o tempo para milhares de brasileiros buscarem os valores que perderam com a inflação da época.
Essa medida atende a um pedido conjunto da Febraban, da Advocacia-Geral da União (AGU) e de entidades que representam os poupadores. O ministro Gilmar Mendes, relator da matéria, reforçou que os acordos seguem válidos e contribuem para a segurança jurídica do sistema financeiro.
Por que essa prorrogação importa?
Antes de tudo, é importante entender o impacto dessa decisão. Muitos brasileiros ainda não conseguiram aderir aos acordos por falta de informação, dificuldades com a documentação ou entraves no processo. Agora, com mais tempo disponível, o STF amplia o acesso e possibilita que mais pessoas resolvam pendências antigas, sem depender de longas disputas judiciais.
Além disso, essa prorrogação ajuda a acelerar o encerramento de processos que, em muitos casos, se arrastam há mais de 30 anos. Ou seja, ela beneficia tanto os poupadores quanto o Judiciário.
Mais de 270 mil acordos já fechados
Até agora, os bancos e os poupadores firmaram mais de 270 mil acordos. Como resultado, o número de ações na Justiça caiu de forma expressiva. Isso mostra que o modelo tem funcionado e, portanto, faz sentido dar mais tempo para quem ainda não participou.
Quem pode aderir?
Se você tinha uma caderneta de poupança ativa nos períodos dos planos econômicos, provavelmente tem direito ao acordo. Para verificar, basta acessar o site www.pagamentodapoupanca.com.br, inserir seus dados e enviar os documentos necessários. O sistema vai mostrar se você se enquadra nos critérios e, em caso positivo, como dar continuidade.
Caminho mais rápido e menos burocrático
Em vez de manter milhares de processos judiciais parados, o STF escolheu incentivar soluções negociadas. Dessa forma, o tribunal reduz a burocracia, acelera os pagamentos e garante que mais brasileiros recebam o que lhes é devido.
Portanto, quem ainda não aderiu ao acordo, agora tem mais uma oportunidade. Mas é importante agir com antecedência, já que o novo prazo vai até 2026.
Fonte: Migalhas