Crescimento de ações judiciais no Brasil: um novo normal?

O crescimento de ações judiciais no Brasil tem revelado uma tendência preocupante. Em 2024, por exemplo, foram 3,6 milhões de novas ações judiciais relacionadas a crédito, segundo dados extraídos do painel Justiça em Números do CNJ. Esse número representa um aumento de 12,4% em relação a 2023 e, consequentemente, é o maior salto anual da última década.

Para além do volume total de 84 milhões de processos ativos, esse recorte específico acende um novo tipo de alerta: o crédito está sendo judicializado em massa.

“A cobrança judicial virou parte do modelo de negócios de quem concede crédito no Brasil.”
— Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ (Justiça em Números 2024)

Tabela de Conteúdos

  • O número que acendeu o alerta em 2025
  • Crescimento de ações judiciais no Brasil: por que os processos de crédito explodiram?
  • Impactos para bancos: inadimplência virou estratégia?
  • Seguradoras e escritórios: o custo da litigância em alta
  • Departamentos jurídicos: entre o apagão de dados e o excesso de demanda
  • Automatização jurídica: como as empresas estão reagindo?
  • Conclusão: Crescimento de ações judiciais no Brasil, o que fazer diante dos 3,6 milhões de novos processos?
  • FAQ: Judit.io e o crescimento das ações judiciais no Brasil
  • Saiba mais sobre o tema

Crescimento de ações judiciais no Brasil: por que os processos de crédito explodiram?

Boa parte desse avanço está concentrada em ações de execução de título extrajudicial, cumprimento de sentença e cobrança. Portanto, os dados indicam um comportamento sistêmico: crédito concedido sem garantias suficientes, somado à inadimplência crescente e a um judiciário já sobrecarregado.

Entre os principais fatores, destacam-se:

  • Primeiramente, pressão sobre os bancos após o aumento da Selic;
  • Em seguida, reposicionamento de fundos e fintechs para cobrança judicial direta;
  • Além disso, saturação dos canais extrajudiciais, como negativação e protesto;
  • Por fim, popularização de modelos de litigância automatizada com uso de tecnologia.

Dessa forma, é possível observar um ciclo no qual o sistema judicial se tornou uma extensão das estratégias de cobrança, o que traz impactos profundos para o ecossistema financeiro.

Ainda assim, essa explosão processual gera consequências estruturais para todo o sistema jurídico e financeiro, que precisa lidar com sobrecarga, custos crescentes e maior complexidade operacional.

Impactos para bancos: inadimplência virou estratégia?

Em consequência disso, quando a cobrança passa a ser sistematicamente judicializada, o tempo de recuperação se estende, os custos aumentam e a margem encolhe. Assim, o judiciário passa a fazer parte da própria estratégia: o cliente judicializa para ganhar tempo, enquanto o banco precisa decidir se segue adiante ou renegocia.

Além disso, os impactos diretos incluem:

  • Provisionamento contábil;
  • Relação com clientes em inadimplência;
  • Custos com contencioso massificado e escritórios parceiros.

Portanto, entender o comportamento processual passou a ser fundamental para decisões de negócio e governança. Por esse motivo, muitas instituições têm investido em inteligência jurídica como pilar estratégico.

Seguradoras e escritórios: o custo da litigância em alta

Nesse sentido, no caso de seguros de garantia e contratos empresariais, o aumento de processos de crédito gera um efeito cascata:

  • Mais custo com times de defesa;
  • Risco de condenações em série;
  • Litigância predatória baseada em falhas formais ou contratuais.

De acordo com reportagem do DireitoNews, estima-se que até 40% do tempo de escritórios seja consumido com demandas repetitivas.

Por outro lado, esse cenário pressiona empresas a buscarem maior eficiência jurídica para sobreviver ao aumento da litigância. Com isso, fica evidente que a litigância massificada ultrapassou o limite do jurídico e impacta diretamente a sustentabilidade operacional.

Departamentos jurídicos: entre o apagão de dados e o excesso de demanda

Sobretudo, o crescimento de ações judiciais no Brasil cria gargalos para departamentos jurídicos. Sem dados centralizados e com mais de 90 tribunais e dezenas de sistemas distintos, monitorar processos se torna um desafio operacional diário.

Segundo reportagem da BBC Brasil, o excesso de ações e a fragmentação dos sistemas no país ampliam o custo jurídico e aumentam o risco de decisões equivocadas por falta de informação consolidada.

Logo, o uso de inteligência jurídica deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade estratégica. Afinal, o controle sobre os riscos processuais se tornou fator competitivo e determinante.

Automatização jurídica: como as empresas estão reagindo?

Diante desse cenário, empresas têm buscado ferramentas que automatizam tarefas repetitivas e reduzem o retrabalho no monitoramento de processos. Por exemplo, plataformas com API jurídica, como a oferecida pela Judit.io, permitem:

  • Consulta e monitoramento automático por CPF, CNPJ ou número de processo;
  • Cobertura nacional com dados estruturados;
  • Integração com CRMs e ERPs;
  • Alertas e relatórios sob demanda.

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Além disso, a automação jurídica proporciona maior previsibilidade e reduz o tempo dedicado a tarefas manuais, liberando os profissionais para atividades mais analíticas.

Por fim, é importante ressaltar que a tecnologia se consolidou como ponte entre o excesso de processos e a busca por eficiência jurídica.

Conclusão: Crescimento de ações judiciais no Brasil, o que fazer diante dos 3,6 milhões de novos processos?

O crescimento de ações judiciais no Brasil é um alerta claro. De fato, ele mostra que inadimplência, litigância e gestão jurídica estão interligadas. Portanto, quem trata o jurídico como mero backoffice vai perder agilidade e previsibilidade.

Assim, se você sente esse impacto no seu negócio, transforme processos em dados. Em suma, a Judit.io pode ajudar.

FAQ: Judit.io e o crescimento das ações judiciais no Brasil

  1. Como a Judit.io pode ajudar no controle de ações de crédito judicializadas?
    Com a API da Judit, é possível consultar e monitorar milhares de processos de forma automática, com dados organizados e atualizados.
  2. É possível monitorar antes da citação?
    Sim. A tecnologia da Judit identifica processos ainda em fase de distribuição, antes mesmo de a parte ser notificada oficialmente.
  3. A Judit atende apenas grandes bancos?
    Não. Escritórios, fintechs, PMEs e departamentos jurídicos também utilizam a solução, com planos escaláveis.
  4. A Judit ajuda a prevenir inadimplência?
    Sim. Com consultas por CPF/CNPJ, é possível identificar riscos jurídicos antes da concessão de crédito.

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