O empresário Sidney Oliveira, fundador e dono da rede de farmácias Ultrafarma, foi preso na manhã desta terça-feira, 12 de agosto de 2025, durante a Operação Ícaro. A ação, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), investiga um esquema bilionário de corrupção. Ao todo, mais de R$ 1 bilhão em propinas teriam sido pagos para favorecer empresas do varejo.
Esquema envolvia fraude e pagamentos mensais
Conforme as investigações do Ministério público de São Paulo, o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto manipulava processos administrativos na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Desse modo, ele reduzia ou anulava créditos tributários de determinadas empresas. Em troca, recebia valores mensais de propina. Além disso, usava uma empresa registrada no nome da mãe para ocultar o repasse.
Além de Sidney, os promotores também prenderam Mario Otávio Gomes, executivo da Fast Shop. Segundo o MP-SP, o grupo agia de forma estruturada e, por isso, pode responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Operação Ícaro amplia buscas e coleta de provas
A operação, coordenada pelo Gedec (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos) com apoio da Polícia Militar, cumpre também mandados de busca e apreensão em residências e sedes das empresas investigadas.
De acordo com o MP-SP, a apuração durou meses. Durante esse período, as autoridades analisaram documentos, realizaram quebras de sigilo e efetuaram interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça. Assim, reuniram provas que sustentam as prisões e fortalecem a investigação. Por fim, os promotores destacam que novas fases podem ocorrer para identificar outros envolvidos.
Fonte: Migalhas
