O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está prestes a analisar uma medida que pode mudar a execução penal no país. A proposta prevê a proibição de mandados de prisão para condenados que tenham direito ao regime aberto.
Essa discussão ocorrerá na próxima sessão plenária do conselho. O relator do texto, conselheiro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, defende que esse tipo de pena deve ser fiscalizado por meios alternativos — como as Centrais Integradas de Alternativas Penais — e não por meio de encarceramento.
Além disso, a proposta segue o entendimento consolidado do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ambos os tribunais já decidiram que prisões em regime aberto são ilegais, pois contrariam os princípios constitucionais e a própria lógica do sistema penal.
Atualmente, mesmo com esse entendimento, ainda existem casos em que juízes determinam a prisão de pessoas que deveriam estar em liberdade, mas sob medidas restritivas. Por isso, a nova resolução busca padronizar a prática em todo o Judiciário.
Caso o CNJ aprove a norma, o Brasil dará um passo importante para garantir penas mais justas e adequadas. Além disso, a mudança deve contribuir para combater a superlotação das prisões e fortalecer o uso de alternativas penais — que são mais eficazes para a reintegração social e a redução da reincidência.
Portanto, a proposta representa um avanço não apenas legal, mas também humanitário, ao valorizar medidas que respeitam os direitos dos condenados e promovem uma justiça mais equilibrada.
Fonte: Migalhas
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