Com a aproximação da reforma tributária e o possível aumento dos impostos sobre imóveis, muitas famílias em São Paulo começaram a se organizar para planejar a partilha de bens. Nesse contexto, o inventário em cartório se apresenta como uma opção mais econômica, prática e rápida.
Em comparação com o procedimento judicial, o inventário extrajudicial pode ser até 88% mais barato. Além disso, enquanto a tramitação na Justiça costuma levar até quatro anos, o processo em cartório é concluído, em média, em apenas 30 dias.
De acordo com o Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB-SP), essa alternativa é vantajosa em 25 das 32 faixas de valor de patrimônio analisadas. Dessa forma, torna-se a escolha ideal para quem busca economia e eficiência.
Diferenças de custo de inventário reforçam a vantagem do cartório
As diferenças financeiras entre os dois modelos são expressivas. Por exemplo, em heranças avaliadas entre R$ 3,7 milhões e R$ 5,6 milhões, o inventário judicial pode custar R$ 111 mil, enquanto o realizado em cartório sai por R$ 12,8 mil. Assim, a economia chega a 88%.
Além disso, nos patrimônios menores, entre R$ 37 mil e R$ 74 mil, o custo cai pela metade: R$ 3.702,00 na Justiça contra R$ 1.838,07 no cartório. Já nas faixas intermediárias, como de R$ 370 mil a R$ 740 mil, a economia chega a 52,9%.
Portanto, ao escolher o cartório, as famílias reduzem consideravelmente seus gastos, aceleram o processo e evitam as demoras e burocracias do Judiciário.
Regras atualizadas tornam o processo ainda mais acessível
A Resolução nº 571/24 do CNJ ampliou as possibilidades do inventário extrajudicial. Desde então, é possível realizar o procedimento mesmo quando há herdeiros menores de idade, testamento ou necessidade de venda de bens sem autorização judicial.
Além disso, a nova norma permite nomear o inventariante por escritura pública, o que facilita a centralização de documentos e agiliza a tramitação. Por consequência, o número de inventários em cartório cresceu 49,4%, saltando de 2.031 para 3.035 registros desde a publicação da norma.
Dessa maneira, o inventário extrajudicial passou a ser mais acessível, rápido e alinhado às novas demandas familiares e patrimoniais.
Planejamento patrimonial garante economia e segurança
Segundo André Medeiros Toledo, presidente do CNB-SP, antecipar a partilha é uma decisão inteligente:
“Fazer a partilha de bens em um Cartório de Notas é rápido, seguro e econômico. Com a digitalização dos serviços e o aumento da tributação, antecipar o processo traz tranquilidade e economia para as famílias.”
Assim, diante da combinação de rapidez, segurança jurídica e menor custo, o inventário em cartório se consolida como a alternativa mais eficiente e estratégica para quem deseja planejar o patrimônio antes das mudanças previstas pela reforma tributária.
Fonte: Migalhas